quarta-feira, 4 de junho de 2008
2/4 (dois por quatro)
Canto o que se firma
Asas em pós de pirlimpimpim
Num mundo mágico sem balão
Gramas douradas e flores pratas
Numa dança desritmada a vida se embala
Num passo sem dois-pra-cá, dois-pra-lá
Mergulho em confetes e purpurina
Procurando no fundo teu brilho
Teu lascivo som no espelho
Meu gosto por teu sol já em pino
Uma sensação me reveste
Por bailar-nos por entre essa noite
Pescando palavras do ventre
Que nunca serviram de açoite
Se aqui houvesse uma melodia
Faria tua boca um refrão
Pra ser ouvida até o sol nascer
Despindo-me
De ilusão
(poesia à "4" mãos de Ludmila Patriota e Adriano Sargaço)
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