quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Empty


a infinita certeza de que nada é
a ínfima incerteza de que tudo não é
a dúvida
a convicção
divagar, devagar e sempre
até chegar na conclusão de que nada é completamente objetivo
e o adjetivo certo é Beleza
o equivocado é não se sensibilizar com
a vida é deliciosa quando se encontra a liberdade
a liberação nasce também do esquecimento
lembremos!
o ouvido nem sempre ajuda no pensamento
desliguemos!
há de se meditar
esvaziemos a mente
plantemos arvores
catemos sementes
seja saudável a saudade
tudo tudo tudo no seu tempo
novamente
em loop
até chegar a primavera da gente
infante
e então crescera da vacuidade um lindo pensamento
agirá na verdade
sentirá o carinho
vivenciará amor
até sobrar nada que não o contenha
e um sorriso no rosto
uma escova de dentes
e sempre sinceridade
o objeto é a bondade
o eu o de estudo
em tempo integral
o outro é o tudo
e contidos perdemos a graça
expandamos
aceita a natureza
perdoa
ouve
mergulha
respira
há de se aprender a ser ser
deixa
eis a deixa

(depois das Nadificações da Natalia)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Não Sei Ser Solteiro


hum...
eu sou um ser cheio de amor, feito de amor, e que viveu muitos, e que prefere estar com alguém que ama por perto, pra doar, pra fazer carinho. Essa coisa de ser solteiro e não ter uma pessoa que vc gosta e pode dividir suas virtudes perto é complicado para alguém como eu. Parte maior da minha vida passei com pessoas especiais do meu lado, e como ando solteiro agora tenho sentido isso. Tenho sentido que fico sem saber como agir, o que fazer, não sei ser como nos meus 19-20 anos, quando não tinha preocupação, nem juizo, nem responsabilidade. Eu sou alguém diferente, que acredita nessa coisa absurda que é o amor, e que acredita na liberdade, e no respeito. Mas quem entende isso, quem acredita, em mim e nessas coisas? Amor é coisa de outro mundo, de outra vida, de alma gêmea, de príncipe encantado. De caras e bocas, de fazer joguinhos de conquistas, de 'pequenas mentiras', de não dizer o que sente. Eu to fora!
Não sei ser solteiro como nos 19, não sei ser como a maioria que sai na noite buscando um sexo com um estranho, não sei amar trancado, esconder sentimento, omitir. Não acho o certo, nem saudável, nem sou eu.
Como diria meu amigo Escurinho Labacé: "Se vc me ama que me ame agora, se quer mandar flores que me mande agora".
Cada dia que passa mais me decepciona o ser humano, que joga seu joguinho como os personagens vilões da corrida maluca, jogando seu óleo na pista, jogando taxinhas, mudando as placas, ensinando errado. E o pior de tudo é que quem convive com você faz de conta que tudo que você diz é falso para facilitar seus lados. Me decepciona.
Mas tem amores que não esqueço, que insisto, que não abro mão, são pessoas que continuam importantes mesmo com toda a história, mesmo com tanta lama na pista.
Eu to aqui!
Mas não sei ser mais solteiro!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Rise Art | vote

Rise Art | vote
Votem na Clarice!
abram a porta pra uma artista de talento!

sábado, 1 de maio de 2010

A propósito da polêmica e dos "ismo"


viva o machismo e o feminismo. Dá nisso, cada um com mais razão que o outro, todo extremismo é burro, já diria eu mesmo. e eu daqui de cima, de baixo ou de fora, heheheh, vendo tudo e dando risada.
e é isso, que as mulheres continuem correndo atrás do seu, e não independente do macho que ela queira, ou mesmo da fêmea, ela tem mais é que correr atrás, mas não precisa esquecer do amor. O céu é o limite!
Que continuem sendo diferente, coerente, e tendo suas tpms, dando seus tocos, antes só do que mal acompanhado. nisso e algumas outras coisas concordamos. do meu lado eu prefiro quem realmente me quer. dou graças a deus por recebe-los. Não sou um ogro, como vejo tantos na rua, mas o que realmente prefiro é que além de qualquer coisa, realmente digam o que pensam, não maquilar, como no comum fazem, fazer que quer só pra fazer uma marca a mais na lataria. não, to fora! saí pra comprar aspirina!
e como diria a música do caetano: "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é..."
:D
Mas desabafo a parte, toda generalização entra no mesmo enquadramento do extremismo, e viva o terrorismo.
um dia a mulher descobre que o mundo que vive e os homens que elas descartam foram "elas mesmas" que educaram. (ai uma mais "inteligente" dirá, 'eu não, a mãe dele') :)
se querem um mundo diferente, comecem consigo mesmas, eduquem seus filhos diferente, mudem de companheir@, ou fiquem só mesmo, como uma certa moça falou. Acho que pensar em tudo, no todo, nos lados, se pôr por fora de tudo, e se contextualizar...
ajuda a dar um bom panorama dos problemas que vivemos. não há uma guerra até onde sei, o que há é uma atitude humana de querer boiar mais que @ outr@. ehehehehe

lembrei da pergunta do orkut: primeiro encontro perfeito - Ela me olha, há aquela comunicação visual, eu me aproximo, ela faz o mesmo, há um sorriso franco nos lábios, eu ofereço minha mão, ela põe a dela, eu a trago, ela não só vem como da mesma forma me conduz, eu a beijo correspondido.
a gente sabe quando o outro é inteligente, sabe no olho quando é sensível, sabe no olho e no gestual se nos agrada. basta ser um pouco mais inteligente, mais sensível, e se deixar viver as coisas, errar é humano, não custa nada tentar, as melhores coisas no mundo foram feitas por tentativas e erros, vide a mulher. hehehe
outra coisa que acho importante. Gentileza, é imprescindível independente do gênero.
outra coisa 2: não deveria haver aqui uma vontade de melhorar a situação?

como diria a claudinha daibert: caixa alta e coisa de playboy. desculpa ai a falta, mas a pressa é inimiga da perfeição.

Acho que vou ressuscitar o blog depois dessa.

beijos e abraços

domingo, 16 de novembro de 2008

Procura-se (ou: por uma filosofia pos-nietzscheana)


O mundo é feito de gente com procuras, com metas, com sonhos, com meras utopias que afirmam querer realizar. Todos muito bem intecionados. Fato é que mesmo que estejam à procura dessas realizações, falta-lhes a ousadia maior de enchergar em si o que em si é e reside o impedimento à essa tal evolução, essa transcedência. Seria algo como uma pseudo iluminação? Seria em alguns casos a própria ou propriamente dita? Eu sinceramente acredito que sim em muitos casos, afinal esse tipo de situação é o que mais faz-se presente nas cabeças da maior parte da humanidade. Além do mais e do bem e do mal, nesse caso eu também concordo com Nietzsche e talvez nele haja uma Razão bem maior quando se posiciona em afirmações do tipo:
"O medo é o pai da moralidade".

e até mesmo:
"Com ajuda da moralidade do costume e da camisa-de-força social, o homem foi realmente tornado confiável".

e mais afirmativo ainda quando diz:
"Não poderia haver felicidade, jovialidade, esperança, orgulho, presente, sem o esquecimento".


O "nosso" viver é sempre pautado por um cinismo que joga à moda de crianças temerosas, tapando os olhos com as mãos pra não ver, mas que sempre escapa entre dedos a imagem doada por aquela curiosidade sacana, que na verdade é protagonista, consciente da ação e calçada de 'botas-sete-leguas' só por precaução, pra não correr o risco de correr riscos maiores, ser julgado por outros olhos, etc, etc, etc. Mais interessante ainda é a idéia de que esquecendo da realidade sabida da-se-a à inocência salvadora e apaziguante, que exiguirá-nos de toda e qualquer necessidade de explicar os porques de não nos fazermos melhor, explicarmos por qual razão não nos emanciparmos da "matrix wachowskiana".
Para mim só há uma maneira feliz de esquecer, o que me parece ser a maneira maravilhosa de esquecimento: aquela que só ocorre quando realmente compreendemos o erro e perdoamos por completo.

Novamente Nietzsche:
"A essência da felicidade é não ter medo."

Mergulhe nessa, mas não seja preguiçoso, mergulhe realmente; aceitar apenas seria vergonhoso, ou talvez um mérito grande demais para alguém inteligente.

Mais uma de Nietzsche:
"Não te enchas de ar: a menor picadela te esvaziaria".

O mundo esta cheio de gente que procura. Que procura alguém, que se procura, que jura saber mais.
O mundo é de fato uma enorme fonte de soberba, e o Woman's Toyfriend está nele de torneirinha.

Todo mundo acha-se mais inteligente, mais apto, mais digno e até cai na bobagem de desmerecer, desconsiderar, não atribuir méritos ao que outros afirmam. Por acharem-se superiores em vários aspectos, por possuirem aptidões, conhecimentos específicos, formação e até facilidades como as de reter na memória longa e a da erudição, acreditam-se portadores de uma procuração especial para esnobar e até ignorar afirmações alheias. Juram possuir carapaça. Que possuam, perdem tempo!

Estar aberto aos mundos além dos nossos jardins é algo necessário ao ser que chamo "superior", por que é necessário ser sempre um pouco vazio para se fazer melhor, e como hoje é dia de ressucitar o Nietzsche:
"Há muitas coisas que quero, de uma vez por todas, não saber. A sensatez estabelece limites mesmo ao conhecimento".

E até onde ser nietzscheano? É imprescindível meditar a longo prazo antes de descartar os pensamentos novos, principalmente os que nos fazem cócegas nos brios, muito comum é fazer isso de instantâneo com os alheios.

Não desmereceria o valor do conhecimento, da erudição, etc. Poderia até parecer escusado trazer a luz essa afirmação, mas é muito necessária quando se imagina o pensamento lido por mentes demasiadamente críticas, a lacuna feita é uma porteira aberta, que facilita o engano na maioria. Considero-a fechada!
"A filosofia moderna foi e é nietzscheana,..."
- Gilles Deleuze, filósofo francês

Não quero aqui encerrar méritos para/com o pensamento de Nietzsche na cultura ocidental e ou mesmo na filosofia. Acredito que há bastante o que descartar até conseguir ler Nietzsche na realidade/integralidade de seu pensamento. Não o louvo, não o descarto, mas coloco parte do seu pensamento dentre os que eu tomo como escolhidamente meritórios.

Então volto ao início:
Procura-se!
Procura-se pessoas que sejam lívres. Livres, respeitosas e que realmente entendam e conjugem Amar no presente.
Talvez a procura seja outra...
Procura-se ousados!
ou talvez:
Procura-se loucos!
Por que não existem pessoas capazes de esquecer o passado e encarar o novo sem pudor do erro vivido.
Faltam pessoas que se proponham a "invenção" do amor.
Eu, como Cazuza, "Adoro um amor inventado", por que diferente dele e do que se pensa de instantâneo, acredito que o amor precisa ser entendido de outra maneira, diferente das que a cultura nos ensinou, desse formato cheio de enganações e roubadas.

Eu proponho algo diferente.
Parar para acreditar em amar/amor, deixar-se amar e amar como proposta. É ousadia, é vaguarda, é destemor, é livre arbítrio, é respeitar-se e respeitar o próximo, é amar-se prioritariamente e o outro a posteriori. Mas requer, talvez, uma profunda reflexão sobre quem é, sobre o que quer e até onde quer ir.
O mundo precisa descartar o medo e ousar.
Já pensou:

O cara chega na moça e diz:
Te acho super interessante, quero te propor viver um amor diferente de todos, os meus e dos teus amores. Quero apartir de agora te amar verdadeiramente e me deixar ser integralmente da mesma natureza. Até que sintamos que a necessidade de seguir as nossas sendas individuais faça com que nossa liberdade necessite distância e precisemos nos separar.
É verdade que soa como uma cantada barata, mas isso deveria ser dito com a maior verdade do mundo. Na verdade DEVE!
Que tal 'testarmos' isso?
Vivam!!!

beijos

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

PRESENTEIE-SE


Sou um homem perdido em mim,
Perdido no que me dei,
No que me amei,
No que vivi.

Sou um homem da pós-modernidade apaixonado,
Amando profusa e harmonicamente.
Com desejos mais que sinceros de me fazer presente.

Estou de pé
Em pino
Com a tez querente de teu desatino.
Destino!
Me introduza sem medo,
Tenho paciência tenho paciência,
Em tua vida
E já não é cedo.
Vamos-nos ao cimo.
Com pele de cordeiro
E alma de saci com boitatá.

Ateie-se!
Atreva-se!

Espero que teu amor se reproduza,
Como se fazendo amor em semi-breves.
Mil estímulos que se dividiriam em fusas,
Mas que se deslizam no tempo
Imitando o movimento das pedras,
Das dunas.

Aceitando em si
O que em mim coaduna a todo momento,
Que já habitava-me o DNA.
Nessa vida devida,
Nada de outra lida,
De instantes vacilantes,
De ficar confusa,
De instinto pusilânime.

Esse é o momento dínamo!
Amo,
Ame!

[Isto é uma ordem!!!]

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Hai kai balão, Hai kai balão


RIO I

Me rio, feliz.
Sentindo a corrente
Desaguar em ti.


RIO II

Borda o vale
Desenhando o canyon
De mil estações.


RIO III

Segue o fluxo
Da maneira de amar.
Fez-se seguro.